sábado, 18 de dezembro de 2010

Primeiro discurso oficial de Simão Jatene, E isso que o POVO deve cobra esses 4 anos

 Simão Jatene não vai fazer isso esses 4 anos PPA 2011 a 2014 ?
fala oficial de Simão Jatene, proferido na noite  do dia 17/12/10, durante solenidade de sua diplomação no hangar:

É com grande honra que cumpro a nobre missão de falar em nome de todos que hoje são diplomados pelo egrégio Tribunal Regional Eleitoral do nosso querido Estado do Pará.

Com essa responsabilidade, quero que as minhas primeiras palavras sejam de agradecimento a Deus, por permitir a cada um de nós, com origens tão distintas e histórias de vida diversas, viver esse momento absolutamente singular.

Quero agradecer a todo povo paraense e, em especial, aqueles que direta ou indiretamente participaram das eleições, que ao exercerem o direito do voto, contribuíram para o fortalecimento da democracia no nosso Estado e no Brasil.

Homem criado no interior desse país que se chama Pará, sou capaz de avaliar o esforço da Justiça Eleitoral e a dedicação de todo o corpo funcional do Tribunal, para a realização das eleições. A todos, o nosso reconhecimento e agradecimento.

As nossas famílias, cuja proximidade física e afetiva faz com que sofram até mais que nós mesmos nos períodos de campanha, o perdão pelas ausências, e o reconhecimento público de que sem o seu apoio tudo teria sido mais difícil, e a vitória provavelmente impossível.

Finalmente, quero agradecer a todas as senhoras e senhores que vieram prestigiar esta cerimônia. Autoridades civis, militares e eclesiásticas, lideranças sindicais e comunitárias, prefeitos, vereadores, enfim a todos o nosso muito obrigado pelo carinho e pela presença.

Caros diplomandos, fomos todos eleitos pelo povo paraense para, em seu nome, realizar a enorme tarefa de construir e resgatar esperanças de melhores dias e futuro melhor. Enorme e bela missão a qual não nos é dada a opção de falhar, mas somente a de, a todo custo, executá-la e vencê-la.

Senhoras e senhores, nada é mais honroso do que, numa democracia, cumprir um mandato eletivo, pois ele corporifica o desejo,vontade e confiança de uma população. Expressa a crença da nossa gente no nosso compromisso, capacidade e disposição de trabalhar pelo bem comum.

Por tudo isso, devemos ser, na melhor acepção do termo, servidores públicos, talvez os de maior responsabilidade para com a comunidade, porque dotados de um poder que nos foi delegado por operários e empresários, ricos e pobres, gente sofisticada e gente simples, jovens e idosos, enfim, paraenses, brasileiros que foram as ruas, foram as urnas. Alguns, talvez, até desencantados, cumprindo quase uma obrigação; mas certamente a esmagadora maioria com os corações e mentes cheios de esperanças e sonhos. Esperança de poder viver numa sociedade mais justa e fraterna, sonho de uma vida melhor.

E nesse aspecto não posso me furtar de dizer que na agenda que a sociedade legitimamente nos exige, urge recuperar a credibilidade dos políticos e da própria política.

Mais do que nunca faz-se necessário exaltar o “saber cívico”, que coloca todas as formas de saber e conhecimento a serviço da sociedade, exorcisando o “saber cínico” que procura conhecer as mazelas sociais para tirar proveito delas.

Meus caros parlamentares, Meu amigo Vice Governador, a partir do próximo dia primeiro, cada um e todos nós teremos a oportunidade de traduzir as expectativas que nos trouxeram até aqui em ações concretas em favor dos que mais precisam, em favor da construção de um grande estado, de uma grande nação, com mais justiça, menos desigualdades, mais respeito à coisa pública, menos decepções. Urge fazermos um verdadeiro pacto. Um pacto pela política em termos elevados, em que, das divergências partidárias, dos debates ideológicos, nasçam iniciativas pelo bem-estar do cidadão. Pela redução das desigualdades sociais. Pela qualidade de vida. Pela sustentabilidade. Pelo Pará. Pelo Brasil. Um pacto pelo povo.

Senhor presidente, revivo a cerimônia de diplomação, oito anos mais velho, mais vivido e mais experiente, com mais conhecimento do estado, e mais convencido de que esse pacto é impositivo e necessário.

Antes e durante a campanha, cruzei novamente o estado diversas vezes. E, senhores, o que se vê nessas andanças é a reafirmação da realidade bruta da luta cotidiana de um povo valente, mas sofrido. Defrontar-se com os sonhos e esperanças desse povo é por à prova a nossa razão e o nosso coração. É desafiar a nossa capacidade de pensar e executar políticas públicas; de nos superar, de fazer sempre e mais. Por mais que saiamos de um mandato com a sensação do dever cumprido, no fundo sabemos que o desafio de transformar o Pará é muito maior do que as nossas possibilidades individuais. Só a união permanente e duradoura, persistindo no meio das nossas diferenças, é que levará a um resultado igualmente permanente e duradouro.

Tive a felicidade, nessas andanças, de ser recebido com carinho, por abraços emocionados, por expectativas otimistas, por esperanças renovadas, por rostos marcados pela labuta, mas vincados por sorrisos sinceros, honestos. Na recorrente e indescritível emoção de sentir o contato direto com a nossa gente, mais uma vez pude ser ouvido, mas, sobretudo, pude ouvir. E ouvi muitas dores.

Não é possível sair de uma experiência como essa do mesmo jeito que se entra. A responsabilidade cresce, a vontade de acertar aumenta, o desejo de não decepcionar, a obrigação de não decepcionar, quase sufoca. No entanto, que responsabilidade, que obrigação pode ser mais gratificante é poder servir ao povo.

Senhoras e senhores. A história não para. Os problemas são muitos mas as possibilidades também, e a escolha de quem será vitorioso nessa permanente batalha depende de cada um e de todos nós. Há muitos desafios a vencer, a requerer a união das classes políticas, dos trabalhadores, dos empresários, dos estudantes, enfim, de toda a sociedade.

O Pará é o maior estado da Amazônia em população, e talvez o maior em riquezas naturais, em cultura, em história. O Pará tem um povo orgulhoso dos seus valores, ele próprio valoroso e trabalhador. O Pará merece realizar o seu destino de grande estado, com justiça social e respeito à natureza. A maior lição que o paraense pode dar ao mundo é conciliar crescimento com preservação, é usar a terra em favor e a favor da vida.

Uma campanha nos ensina muitas coisas. A principal é que os compromissos firmados com a população são sagrados. Não, não se trata de frase para uso eleitoral. É a mais pura verdade e, a cada eleição, uma verdade que se consolida. Porque essa é a beleza da democracia. A cada voto que dá, o eleitor avança mais no aprendizado de que é ele, e só ele, que tem o verdadeiro poder. Cabe a nós radicalizar a democracia, aprofundar a educação, alargar a participação popular.
A experiência de governar e legislar também é um constante aprendizado. Aprendemos a ver além de nossas paredes, a ver o Pará como um mundo. Aprendemos que há um vencedor em cada paraense. E que ele se fortalece quando é valorizado, quando tem oportunidade. Todo mundo quer ser valorizado, ser considerado, respeitado, e ter a oportunidade para lutar e vencer. E o paraense está pronto para lutar junto e vencer.

Neste ato de diplomação, portanto, quero reiterar meu compromisso com o povo paraense, firmado em campanha e em minha vida pública, e quero convidar a todos os eleitos, do meu partido, dos partidos aliados e dos partidos de oposição, a exercermos o poder a nós confiado pelo povo para construir o Pará que está nos corações e mentes de cada morador deste grande e belo estado. Um Pará mais feliz.

Que Deus nos ilumine.

Obrigado.

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